- Área: 780 m²
- Ano: 2016
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Fotografias:Stephen Goodenough
Projeto
Igreja Metodista do Norte em Christchurch existe neste terreno há pelo menos 100 anos. No entanto, devido aos severos danos causados pelos terremotos de Canterbury em setembro de 2010 e fevereiro de 2011, o complexo da igreja foi demolido, deixando um terreno baldio.
Abordagem
O curto orçamento para a construção foi o primeiro fator que levou à uma abordagem minimalista de projeto. As restrições intencionais no uso de detalhes e materiais auxiliaram a obter uma expressão arquitetônica forte sem exceder os custos. As formas claras definidas realçam a atmosfera contemplativa do espaço, enfatizando sua função predominante.
Os marcos-chave da paisagem tem impacto direto na organização do edifício. Na orientação sul, estar exposto às vistas do público possui uma implicação natural em sua expressão icônica. Do oeste, o edifício está de frente para a comunidade. Nesta área é aberto, transparente e convidativo, incentivando à todos para que se aproximem e se sintam convidados a entrar. A fachada leste cria oportunidade para a locação de um pátio silencioso e contemplativo, com um tranquilo jardim que aumenta a atmosfera do espaço de adoração e ajuda a maximizar a visibilidade da entrada.
Planta
A disposição do térreo é organizada em torno de uma entrada central e área de foyer, criando uma conexão transparente ao jardim dos fundos assim como uma conexão entre o Salão de Adoração e o bloco comunitário. É projetado como um espaço aberto e convidativo, que pode ser utilizado como entrada, espaço de dispersão e uma área separada para encontros informais.
O Salão de Adoração possui formato triangular com um layout orientado ao centro, com bancos e plataforma do altar móveis, permitindo flexibilidade para seu uso. Ao sul, o salão principal está protegida do ruído da movimentada rua por uma parede com pequenas aberturas. Nos outros lados, o espaço é rodeado por janelas de dois metros de altura posicionados entre colunas retangulares. A altura e profundidade limitada das aberturas evitam luz direta excessiva aos interiores.
Os blocos comunitários ao norte conectam o foyer com a área de estacionamento através de uma circulação-galeria. Esta conexão é suficientemente larga e bem iluminada com o auxílio de contínuas claraboias; ela se torna não apenas uma área confortável de circulação, mas um elemento significativo do edifício, e pode ser utilizada como área de exposição e espaço de interação da comunidade. As salas para o encontro desfrutam de ampla luz do oeste e podem ser abertas para a área cercada externa, enquanto que os espaços de cozinha, salão esportivo e depósito estão voltados para a orientação leste, menos atrativa.
Linguagem arquitetônica
A volumetria do edifício é criada a partir da identificação de formas básicas estabelecidas na tradição da arquitetura de igrejas e do próprio local. Estas formas são reveladas e seu conteúdo é aberto como um convite à interação com o ambiente externo.
A esquina claramente identificável da torre do Salão de Adoração expressa sua função predominante de espaço de oração, e faz referência à torre da antiga igreja, restaurando o marco da paisagem para a comunidade. A entrada é diferente do resto do edifício; forte em sua expressão, convida o usuário ao foyer transparente que se abre para o pátio dos fundos, permitindo e incentivando seu uso ativo.